Na reunião do Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira (05), o presidente do Peixe explicou que o clube deverá fechar um acordo com duas empresas e que trarão aportes financeiros para o Santos.
Uma das empresas será responsável pelo “Fan Token”, uma espécie de moeda virtual. Essa “criptomoeda” poderá ser adquirida pelos torcedores e, assim, seus proprietários terão acesso a serviços ou produtos do clube.
Já a outra empresa, desenvolverá uma “tokenização” do mecanismo de solidariedade da Fifa. Nesse caso, ao adquirir essa moeda virtual, o torcedor estará “comprando” frações de um pool de jogadores que o Santos negociou com outros clubes. Quando um jogador desses for vendido o valor de 5% ao qual o Peixe teria direito segue para esses investidores. Claro, pode acontecer de nenhum desses atletas ser negociado.
Token é uma moeda virtual. Não é real, dólar ou euro, mas moeda virtual atrelada a algum ativo. Propomos implementar a tokenização do mecanismo de solidariedade. Mecanismo é receita provável. Não é certeza de acontecer ou não. Todo jogador oriundo da base quando é vendido vem esse mecanismo. Santos tem percentual da venda pela geração desse craque. Varia de 0,5% a 5%. Quando Neymar foi vendido, Santos foi ressarcido. Acontece com qualquer jogador gerado na nossa base. Queremos tokenizar essa receita que pode acontecer ou não. Queremos criar um conjunto de jogadores que já foram vendidos e podem ser vendidos para outros clubes. Montamos uma cesta de cerca de 30 jogadores e vamos valorizar essa cesta. Quanto vale em retorno de mecanismo de solidariedade? Temos uma empresa parceira que faz o cálculo final dessa cesta. Calcula a idade, a posição, campeonato de atuação, valor dos atletas e possibilidade de transferência. Chega-se a um valor dessa cesta. Vamos imaginar 20 milhões de reais. A gente emite virtualmente 1 milhão de tokens. Cada token custaria 20 reais, por exemplo. E aí pode haver lucro ou até uma revenda no mercado secundário – explicou Andres Rueda.
(Fotos: Ivan Storti/Santos FC)