O Santos ainda briga por uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem. Com a vitória sobre o Atlético-GO, por 3 a 2, o Peixe chegou aos 46 pontos e manteve a esperança pela classificação ao torneio continental.
O Alvinegro não jogou bem e chegou a tomar sufoco do Dragão. O resultado positivo surgiu no último minuto de jogo, mas não esconde mais uma atuação fraca da equipe sob o comando de Orlando Ribeiro.
A postura do Peixe em Goiânia, sobretudo no segundo tempo, não foi a de um time que buscava os três pontos fora de casa. Nos minutos finais, a equipe jogou com quatro volantes e, encurralada pelo Dragão em seu campo de defesa, se livrava facilmente da bola para afastar o perigo.
Há muito mérito da garotada no resultado. Os meninos da Vila participaram de todos os gols da partida, sendo protagonistas nos dois últimos.
No segundo tempo, Ângelo esbanjou raça e conseguiu atrapalhar Wanderson na saída de bola que resultou no gol de Lucas Braga, enquanto Marcos Leonardo foi o herói da partida ao puxar contra-ataque e deixar Lucas Barbosa na cara do gol para resolver a partida.
Coletivamente, no entanto, o Peixe repetiu os erros de jogos anteriores. A linha de defesa falhou nos dois gols do Atlético. No primeiro, deixou Baralhas completamente sozinho dentro da área, e, no segundo, não afastou uma bola invertida pelo meio e, depois, contou com erros de posicionamento de Bauermann, João Paulo e Alex.
No meio, de novo, Orlando Ribeiro montou uma formação lenta e com pouco poder de marcação com Camacho, Carabajal e Carlos Sánchez como titulares. O uruguaio cansou cedo em campo e deixou espaços para o Atlético avançar ao ataque sem grandes obstáculos.
Semana após semana, o Alvinegro entra em campo pelo Brasileirão e não apresenta qualquer sinal de melhora coletiva ou de repertório tático. Desde a época de Lisca, a sensação é de que o time joga o mesmo futebol de sempre, oscilando entre os resultados.
Restam três jogos para o Peixe no Brasileirão e ainda há a possibilidade matemática de uma vaga na Copa Libertadores, classificação que, até aqui, não é merecida pelo Santos pelos seus desempenhos dentro e fora de casa. Há muito o que melhorar.
(Fotos: Ivans Storti/Santos FC)
