Os dois tormentos no momento para quem tem de assistir futebol, por dever de ofício, são os jogos de Santos e Seleção Brasileira. Claro, estamos falando do Santos de Fábio Carille e da seleção de Dorival Jr.
Na verdade, é bom que se ressalte, em relação à seleção, não se trata apenas do time dirigido por Dorival Jr. Foi também um sacrifício ver em campo a verde e amarela de Fernando Diniz e Ramon Meneses.
E, principalmente, a seleção de Tite.
Mas vamos aqui nos restringir às equipes dirigidas por Carille e Dorival.
O Brasil, nesta quinta-feira, 1/10, ganhou do Chile, em Santiago por 2 a 1. Sofreu um gol assim que a partida começou, em falhas absurdas do lateral Danilo e do goleiro Ederson.
Foi uma agonia.
A seleção, mais uma vez, não teve criatividade. Lucas Paquetá, Savinho e até Rodrygo, o melhor do trio, não conseguiam acertar um passe.
Ouso dizer, sem medo de errar, que Lucas Paquetá, escalado desta vez como segundo volante, é o pior jogador de meio-de-campo que já jogou na Seleção Brasileira.
É um absurdo como ele erra passes.
Curtos e longos, tanto faz.
Sem um armador que preste, a seleção fica tocando passes laterais. O zagueiro toca para o lateral-direito, que volta para o zagueiro, que toca curto para a lateral esquerda, que passa para o volante, que tenta um passe mais ousado.
E erra.
E tome bolas para as laterais e cruzamentos altos para a tentativa de conclusões do atacante de área.
Contra o Chile, pelo menos o atacante Igor Jesus, do Botafogo, foi eficiente e cabeceou certeiro na primeira, e única chance clara que teve para marcar.
É o mesmo cenário que quem assiste aos jogos do Santos de Carille na Série B observa no gramado.
Assim como o time de Dorival Jr, o Santos de Fábio Carille não tem o mínimo de criatividade. E o que é pior, o único jogador capaz de dotar o meio-de-campo do Santos de um mínimo de criatividade, o boliviano Miguelito, Carille insiste em tratar com desprezo.
Miguelito, que marcou um golaço, mais um, nesta quinta-feira pela sua seleção contra a Colômbia, não tem oportunidade de mostrar o seu talento no time de Fábio Carille.
Por incompetência, ou para não tirar da equipe o seu protegido Giuliano, seu velho amigo dos tempos em que treinava o Corinthians, Fábio Carille não dá a mínima importância aos pedidos do presidente do Santos, Marcelo Teixeira, que já deu declarações dizendo que quer Miguelito na equipe titular, e insiste em deixar o boliviano no banco de reservas, quando não o rebaixa para as categorias de base do clube.
O santista que não aguenta mais o trabalho pífio de Fábio Carille, pelo menos tem o alento de que o treinador não ficará no Santos em 2025.
Será demitido, qualquer que seja o futuro do time na próxima temporada: Se o time voltar à Série A, Carille sai.
Se ficar na Série B, Carille também será dispensado.
A situação de Dorival Jr, mesmo após a vitória contra o Chile, que fez com que o Brasil subisse para a quarta posição nas Eliminatórias Sul Americanas, também está longe de ser confortável.
Diante do Chile, a seleção se valeu do oportunismo de Igor Jesus e do talento individual de Luiz Henrique, que marcou um golaço no final da partida.
Se o rendimento da seleção não melhorar, Dorival Jr terá vida curta no comando da equipe.
Certamente Ednaldo Rodrigues, presidente de plantão da CBF, mas que pode perder o cargo a qualquer momento, pois que só está na presidência por conta de uma Liminar da Justiça, não pensará duas vezes para mandar o treinador embora.
O que não seria nenhuma novidade no bagunçado futebol brasileiro.
Por Wladimir Miranda
